segunda-feira, 10 de abril de 2017

Propósitos do Relatório Neuropsicológico Infantil


              Os clínicos neuropsicólogos geralmente recebem encaminhamentos vindos de outros profissionais que buscam respostas para questões específicas. Professores desejam entender os motivos e uma criança ter dificuldades além do esperado para aprender a ler. Um psicólogo pode ter dúvidas acerca do comportamento de um paciente que mostra alterações no afeto. Um juiz ou assistente social pode inquirir sobre a possibilidade de um adolescente em conflito com a lei se beneficiar de um programa de reabilitação. Um médico pode ter questionamentos acerca da possibilidade de um diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Um encaminhamento pode querer esclarecer diversas questões, ou seja, fazem perguntas e buscam respostas que o relatório busca sanar.
                  Um relatório neuropsicológico educa o leitor sobre estados psicológicos de interesse, como o comportamento da criança afeta relações e se manifesta na realidade. Esclarece sobre os estilos de aprendizagem. Cria compreensão e promove relacionamentos terapêuticos positivos entre a criança e as pessoas mais influentes em sua vida.
              O estudo detalhado da história de vida de uma criança permite a integração de conhecimentos acerca desta história, sendo que, fatos anteriormente vistos como isolados, podem vir a conectarem-se, ou fatos tidos como de grande importância, ou tidos como causadores de circunstâncias, podem vir a se mostrarem não tão relevantes para as tais consequências que se acreditava.
                       Laudos neuropsicológicos servem como documentos legais. Por serem documentados, o trabalho clínico deve ser bem registrado e demonstra o caráter e motivo do atendimento prestado.
                As comunicações realizadas em um relatório devem ser claras e não pode haver uso excessivo de termos e abreviaturas que tornem as informações vagas e não específicas por não serem familiares ao leitor. Pois o trabalho final da avaliação, o relatório, destina-se a utilização fora do contexto clínico e deve ser inteligível aos solicitantes, sejam profissionais da educação, médicos, ou mesmo os pais.

               Atualmente um clínico neuropsicólogo deve ter em mente que a criança é a estrela da avaliação, os números obtidos através dos testes só são dignos de destaque se eles contribuem para a compreensão da criança em questão. O foco da avaliação é a pessoa avaliada e sua importância está em responder dúvidas que recaem sobre os problemas evidenciados no âmbito da vida cotidiana. 

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