Os clínicos
neuropsicólogos geralmente recebem encaminhamentos vindos de outros
profissionais que buscam respostas para questões específicas. Professores
desejam entender os motivos e uma criança ter dificuldades além do esperado
para aprender a ler. Um psicólogo pode ter dúvidas acerca do comportamento de
um paciente que mostra alterações no afeto. Um juiz ou assistente social pode
inquirir sobre a possibilidade de um adolescente em conflito com a lei se
beneficiar de um programa de reabilitação. Um médico pode ter questionamentos
acerca da possibilidade de um diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade. Um encaminhamento pode querer esclarecer diversas questões, ou
seja, fazem perguntas e buscam respostas que o relatório busca sanar.
Um relatório neuropsicológico
educa o leitor sobre estados psicológicos de interesse, como o comportamento da
criança afeta relações e se manifesta na realidade. Esclarece sobre os estilos
de aprendizagem. Cria compreensão e promove relacionamentos terapêuticos positivos
entre a criança e as pessoas mais influentes em sua vida.
O estudo detalhado da
história de vida de uma criança permite a integração de conhecimentos acerca
desta história, sendo que, fatos anteriormente vistos como isolados, podem vir
a conectarem-se, ou fatos tidos como de grande importância, ou tidos como
causadores de circunstâncias, podem vir a se mostrarem não tão relevantes para as
tais consequências que se acreditava.
Laudos neuropsicológicos
servem como documentos legais. Por serem documentados, o trabalho clínico deve
ser bem registrado e demonstra o caráter e motivo do atendimento prestado.
As comunicações
realizadas em um relatório devem ser claras e não pode haver uso excessivo de
termos e abreviaturas que tornem as informações vagas e não específicas por não
serem familiares ao leitor. Pois o trabalho final da avaliação, o relatório,
destina-se a utilização fora do contexto clínico e deve ser inteligível aos
solicitantes, sejam profissionais da educação, médicos, ou mesmo os pais.
Atualmente um clínico
neuropsicólogo deve ter em mente que a criança é a estrela da avaliação, os
números obtidos através dos testes só são dignos de destaque se eles contribuem
para a compreensão da criança em questão. O foco da avaliação é a pessoa
avaliada e sua importância está em responder dúvidas que recaem sobre os
problemas evidenciados no âmbito da vida cotidiana.
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